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terça-feira, 25 de março de 2014

Aço, o material mais reciclado do mundo

Diferentemente dos outros tipos de resíduos, o aço não tem como destino aterros ou lixões.
A história explica.
O aço é um dos metais mais antigos da civilização humana e a sua reciclagem é igualmente remota. No império romano, os soldados encaminhavam os instrumentos de guerra deixados nas trincheiras para a produção de novos aparatos.
Mais recentemente, temos os ferros-velhos, que todo mundo conhece e lembra deles desde a infância. O ferro-velho e os sucateiros são responsáveis pelo recebimento e destinação correta do aço. Na outra ponta está a usina, que usa toda a sucata para fabricar aço novo.
Essa estrutura é tão organizada que não existe um setor dentro da siderurgia para a reciclagem do aço. Aço novo e usado se misturam em harmonia, em ligas cada vez mais poderosas e eficientes
Como ficou óbvio, aço é 100% reciclável. Sua sucata pode ser transformada infinitas vezes em um novo aço sem perda de qualidade. O metal pode ser fabricado a partir da combinação minério de ferro e carvão, aquecidos em alto-forno, ou por meio da reciclagem da sucata de aço, feita em forno elétrico.
O uso da sucata na fabricação de aço reduz os impactos ambientais. Na reciclagem, o consumo de energia elétrica chega a ser 80% menor. “Sendo o material reciclado quimicamente próximo dos materiais de seu ciclo comum, eles consomem menos energia e provocam um menor impacto ambiental”, relata José Antônio Costa Perez, doutor em Geociências e Meio Ambiente. 
O processo de reciclagem também ajuda na preservação dos recursos naturais, pois evita a extração de matéria-prima, o que reduz ainda as emissões de CO2.
Atualmente, o aço é o material mais reciclado do mundo, declara Cristina Yuan, do Instituto Aço Brasil. Contudo, não existem ações governamentais nesse sentido. A adoção de medidas de estímulo, como deduções fiscais e políticas para renovação da frota de veículos e para o descarte adequado de eletrodomésticos (usando os produtos velhos a base de troca por novos) seriam muito bem vindas.
Com informações da Revista do Aço.
FONTE:http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-metal/aco-o-material-mais-reciclado-do-mundo#.UzGxmvldWis

quarta-feira, 12 de março de 2014

O que é gerenciamento integrado do lixo?

Trata-se do conjunto articulado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que uma administração municipal desenvolve (com base em critérios sanitários, ambientais e econômicos) para coletar, segregar, tratar e dispor o lixo de sua cidade.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Isopor na construção civil

O isopor é formado por pérolas de espuma de EPS com diâmetros que variam de 1 a 8 mm aproximadamente. Todo isopor descartado poderá ser moído e reaproveitado com facilidade.
FONTE: http://www.setorreciclagem.com.br/reciclagem-de-isopor/isopor-na-construcao-civil#.UxoaFvldWis


Usando isopor com cimento, areia e água em proporções e numa sequência específica de mistura, pode-se obter concreto leve para uso na construção civil, desde que não haja exigência de resistência a grandes esforços.

Esse tipo de concreto pode ser usado com boa redução de peso em elementos das edificações. Além do baixo peso, suas qualidades isolantes ampliam sua utilização dando um grande passo a caminho da industrialização de componentes da construção civil.
O fato do EPS praticamente não absorver água e ter um acabamento homogêneo, possibilita o uso do concreto leve em outros elementos arquitetônicos e de paisagismo, abrindo inúmeras possibilidades de uso do concreto com isopor. Hoje a mais comum é na regularização de lajes, que em alguns casos, pela espessura necessária, não poderia ser feito com outro material.
Para quem tem fácil acesso ao isopor descartado, o "concreto leve", além de versátil, é economicamente vantajoso.
Prefeituras que contam com coleta seletiva de lixo podem utilizar o EPS moído na produção de concreto leve para calçadas, quadras esportivas, bancos de jardim, vasos, balaústres, casas pré-fabricadas, enfim, quase tudo que se faz com concreto, exceto estruturas.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Maior apoio à inclusão socioeconômica dos catadores

A Expocatadores 2013 – realizada de 18 a 20 de dezembro, no Parque Anhembi, em São Paulo (SP), apresentou números que demonstram o fortalecimento dos catadores, num reconhecimento claro de sua importância para o gerenciamento integrado dos resíduos urbanos. Segundo os organizadores, o evento proporcionou cerca de R$ 30 milhões de receita e R$ 100 milhões no total de negócios gerados no longo prazo a partir da feira, atraiu 8 mil visitantes (20% a mais do que no ano anterior), com a presença de representantes de 14 países como Chile, Argentina, Colômbia e Equador, e teve 50% de crescimento em relação ao número de expositores e patrocinadores de 2012.

A valorização dos catadores também se deu pela presença maciça de autoridades durante o evento, inclusive a presidente da República Dilma Rousseff. Na entrevista a seguir, Daniela Gomes Metello,especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e coordenadora do Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Recicláveis, fala sobre as políticas governamentais voltadas a essesprofissionais:

Como o governo federal reflete sobre o papel dos catadores na elaboração das políticas públicas de inclusão social e de apoio à reciclagem?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) é muito clara ao elencar os catadores e catadoras de materiais recicláveis como um de seus principais atores. Trabalhamos desde 2003 em políticas que têm como objetivo tanto a inclusão social quanto produtiva deste público. Temos fomentado processos que vão desde a identificação dos catadores que trabalham em situações precárias e exercem suas atividades produtivas de maneira isolada, principalmente nas ruas e lixões das cidades, até a sua organização produtiva em cooperativas e associações e, num segundo momento, em redes de cooperação. Já com o empreendimento formalizado, eles podem e devem ser prestadores de serviço tanto para o município, por meio da coleta seletiva e triagem dos materiais, quanto para a logística reversa. Neste sentido, estamos trabalhando no resgate da cidadania de centenas de milhares de brasileiros e brasileiras e dando uma oportunidades real para a sua inclusão na sociedade. Esta inclusão está prevista e deve ser priorizada de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Quais os instrumentos públicos federais disponíveis para a inclusão dos catadores?
Para citar alguns exemplos, temos o Programa Pró-Catador do governo federal que reúne uma série de ações, inclusive parcerias com os governos estaduais (ao todo, já temos convênios com 22 unidades da Federação, num valor total de cerca de R$ 150 milhões). Temos o Cataforte, que já está na sua terceira edição, congregando oito órgãos do governo federal com um valor total de cerca de R$ 240 milhões em suas três edições. Estes programas trabalham com capacitação, assessoramento técnico e disponibilização de infraestrutura para as cooperativas e associações de catadores que estão em diferentes estágios de desenvolvimento.
Outro exemplo é a chamada inclusão social. Os catadores são público prioritário do Programa Bolsa Família. Isso significa que se forem identificados catadores em situação de extrema pobreza, o município deve incluí-los imediatamente no programa, sem fila de espera, a despeito de o município já ter alcançado sua meta.

E o que está previsto para 2014?
Iremos seguir na execução da terceira fase do Cataforte que vai até 2015. Outros convênios do Pró-Catador mantêm a mesma linha. O ano de 2014 será marcado pelo encerramento das atividades dos lixões como indica a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Vamos realizar seis seminários em estados do Norte e Nordeste para mobilizar a sociedade e o poder público para essa questão. Os lixões têm de ser encerrados, mas os catadores precisam ser incluídos previamente.
Algumas outras ações a serem realizadas são: um seminário acadêmico para mobilizar as universidades a desenvolverem pesquisas relacionadas à reciclagem e à inclusão de catadores, o lançamento da segunda edição do Prêmio Cidade Pró-Catador, que visa valorizar e dar visibilidade às melhores práticas municipais de inclusão socioeconômica de materiais recicláveis, além da realização de um evento paralelo à abertura da Assembléia Geral nas Nações Unidas 2014 para pautar internacionalmente o tema do desenvolvimento sustentável e a inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis.     
Fonte: http://www.cempre.org.br/informamais_detalhe.php?id=ODM=

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Conferência do Meio Ambiente aprova 60 recomendações para aprimorar a lei

Domingo, 27 Outubro 2013 19:48 Última modificação em Terça, 29 Outubro 2013 12:29|

Catadores ajudam a implantar Política de Resíduos Sólidos




A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou neste domingo (27/10), no encerramento da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho permanente, vinculado ao seu gabinete, com um representante dos catadores de produtos recicláveis, para acompanhar a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). É a primeira medida a ser tomada após o evento, que reuniu quase 3 mil pessoas, de 27 Estados, para elaborar uma pauta prioritária com 60 recomendações que foram encaminhadas ao governo para tornar a política uma realidade.

Para a ministra, a 4ª CNMA acelera o processo de implantação da lei. “É uma nova agenda de trabalho, tanto para os  governos, quanto para os cidadãos e as empresas. É isso que muda o Brasil. Vocês estão aqui defendendo o seu país”, disse a ministra ao analisar a os resultados da participação popular. Das etapas estaduais até a conferência nacional, os debates em torno da PNRS já reuniram mais de 200 mil  pessoas. “Isso demonstra que todos querem e estão dispostos a trabalhar para que a política de resíduos sólidos avance”, salientou.

RECOMENDAÇÕES

As propostas vencedoras do fórum nacional recomendam ao governo que amplie e diversifique suas ações na área de educação ambiental, fortaleça a fiscalização com leis e medidas mais rígidas, estimule com campanhas e recursos financeiros a reciclagem, desonere a logística reversa, valorize a mão de obra dos catadores e elabore leis que proíbam a incineração de resíduos recicláveis. Em três dias de debates e votações, um conjunto de 160 propostas com origem nas etapas estaduais e municipais definiu as 60 prioridades. Izabella lembrou que as conferências anteriores sempre produziram sugestões acatadas e transformadas em política públicas e que essa não será diferente.

De acordo com a ministra, o que a 4ª CNMA recomenda é fruto da democracia participativa, em sua forma mais direta.  Os debates contaram com a presença de representantes de governos estaduais, municipais e federal,  pesquisadores, professores universitários e catadores. Na avaliação de muitos dos participantes,  serviu para que as pessoas tomassem consciência da complexidade de implantar a PNRS e para que possam arregaçar as mangas para tornar o país mais sustentável.  “Gente que nunca teve direito a voz nem voto nas decisões ministeriais, agora teve. É uma vitória do povo brasileiro”, avaliou Izabella. Para ela, a ajuda de todos permite com que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) possa fazer políticas públicas mais inclusivas e mais sustentáveis.

Na avaliação do diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, que coordenou a realização da 4ª. CNMA,  a quantidade de pessoas envolvidas na realização da conferência é uma prova de que está havendo uma renovação da política ambiental no Brasil. “O recado que eles passaram é de que o governo não deve arredar pé de implantar a política de resíduos sólidos.”, afirmou. Uma das propostas aprovadas pede que o governo não adie o prazo para a desativação dos lixões e implantação dos aterros sanitários. 

Para Abreu, ninguém mais quer ser apenas ouvinte nas questões ambientais. “Todos querem participar. Isso retira as decisões das mãos de alguns”, avalia. Ele conta que a escolha do tema para o evento foi controvertida. “Muitos achavam que não ia dar certo realizar uma conferência com uma política já adotada e sancionada”, disse.  Agora a expectativa dele é de que os bons resultados da  4ª CNMA sejam traduzidos em ações concretas, que melhorem a implantação da política e a consolidação da responsabilidade compartilhada, com governos, empresas e cidadãos fazendo a sua parte. 

Clique aqui e confira o resultado final da 4ª CNMA.

sábado, 5 de outubro de 2013

Categoria pressiona deputados para acelerar aprovação

Luta pela aposentadoria especial para catadores continua

por Setor de Comunicação — última modificação 01/10/2013 11:35
Colaboradores: publicado no jornal O Trecheiro
registrado em: 
Membros do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis têm pressionado deputados federais na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados para pedir a aprovação do projeto de lei do Senado Nº 3997/12 que inclui os Catadores de Materiais Recicláveis entre os segurados especiais da Previdência Social. Assim como os pequenos produtores rurais e os pescadores artesanais, o segmento passaria a contribuir com uma alíquota de cerca de 2% sobre a própria renda para receber aposentadoria.
Como resultado a relatora do projeto, Deputada Erika Kokay, apresentou parecer favorável à aprovação do projeto, além de apresentar um projeto substitutivo que introduz reivindicações do MNCR no sentido de atender, além dos catadores individuais, também catadores organizados em cooperativas e associações. A reformulação da proposta atende a outra reivindicação do MNCR, ao permitir que os catadores tenham computado o tempo de serviço até a data da lei, mesmo sem o pagamento correspondente.
Para mais de 70% dos catadores em todo o País, que recebem até um salário mínimo - segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2011 -, seria uma contribuição mais acessível do que o atual percentual de 11% sobre o salário mínimo.
Pelas regras em vigor, há outras duas formas de contribuição previdenciária para os catadores, na categoria "contribuinte individual": 20% sobre a renda, quando recebe mais do que um salário mínimo; ou como microempreendedor individual (ou seja, pessoa jurídica), 5% sobre o salário mínimo, quando recebe renda menor ou igual a esse valor, mas, nesse caso, não pode se associar a cooperativas.
80% não têm Previdência
O diretor do Departamento de Regime Geral da Previdência Social, Rogério Costanzi, reconhece que a grande maioria dos catadores ainda não conta com uma aposentadoria. "Sem dúvida nenhuma, a situação de proteção previdenciária dos catadores de material reciclável é realmente muito precária. Pelos nossos dados, de cada dez trabalhadores de material reciclável, oito não contam com proteção previdenciária. Então, realmente é necessário fazer esforços para ampliar a proteção previdenciária para esse segmento"
Na opinião do representante do Movimento Nacional de Catadores, Roney Alves, o projeto fortalece a categoria e a preservação do meio ambiente. "O catador vai poder fazer o que ele já faz de melhor, que é a separação dos materiais recicláveis, tirando do meio ambiente aquilo que o ser humano já não quis mais e que, muitas vezes, descartou de forma errônea, fazendo com que, aquilo que se tornaria lixo, torne-se matéria-prima para a indústria, dando sobrevida ao meio ambiente e dando sobrevida aos recursos naturais do nosso planeta."
O projeto ainda vai ser analisado nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, de onde volta para o Senado.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Gestão do lixo

Reciclagem
Nos últimos anos, o volume de lixo urbano reciclado no Brasil aumentou. Entre 2003 e 2008, passou de 5 milhões de toneladas para 7,1 milhões, equivalente a 13% dos resíduos gerados nas cidades, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).
O setor movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano. Mesmo assim, o País perde em torno de R$ 8 bilhões anualmente por deixar de reciclar os resíduos que são encaminhados aos aterros ou lixões, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente. Isso porque o serviço só está presente em 8% dos municípios brasileiros
“Se os resíduos são misturados, em geral, apenas 1% pode ser reciclado. Se há a separação correta, o índice de aproveitamento passa para 70% ou mais”, explica a diretora-executiva da Brasil Ambiental, Marialva Lyra. Ela destaca a importância da coleta seletiva para o processo da reciclagem.